Apesar de estar cada vez mais presente nas redes e nas conversas do dia a dia, ainda existem dúvidas sobre o que realmente é a psicologia. Muita gente associa o trabalho do psicólogo a conselhos, escuta sem direção ou até a intuições subjetivas. Mas a verdade é que a psicologia, como área de conhecimento e como profissão, é fundamentada cientificamente.
Muitas pessoas acredita que, ao procurar um(a) psicólogo(a), automaticamente estará recebendo um cuidado baseado em evidências científicas. Mas nem sempre é assim. Ainda assim, na prática clínica, existem diferentes formas de atuação — algumas mais estruturadas e fundamentadas em pesquisas, outras menos claras nesse sentido.
Uma terapia baseada em evidências não significa uma “fórmula pronta” ou algo engessado. Pelo contrário. Ela é construída a partir da melhor combinação entre três elementos: as evidências científicas disponíveis, a experiência clínica do(a) profissional e as necessidades, valores e objetivos de quem está em atendimento. Em outras palavras: é um cuidado pensado para você, com base no que funciona, respeitando sua história e seu tempo.
O que isso quer dizer na prática? Quer dizer que o processo terapêutico inclui não apenas escuta e acolhimento, mas também planejamento, objetivos definidos e escolhas de estratégias que fazem sentido para aquele caso específico.
Por isso, é importante que você se sinta à vontade para perguntar sobre como sua terapia está sendo conduzida. Qual é a abordagem? Quais são os objetivos? O que se espera alcançar com aquele trabalho? Essa conversa não é sinal de desconfiança — é parte de um processo colaborativo e respeitoso, onde você participa ativamente da sua própria jornada.
A psicologia pode (e deve) ser uma aliada na construção de vidas mais autênticas, com menos sofrimento e mais presença. E quando aliamos ciência, escuta e intenção, abrimos espaço para mudanças reais — que não negam o que sentimos, mas nos ensinam a viver com mais sentido.